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Portugal é dos menos “generosos” da Europa nos cuidados de longo prazo a idosos

Portugal é dos menos “generosos” da Europa nos cuidados de longo prazo a idosos

Portugal é dos países menos “generosos” da Europa nos cuidados de longo prazo dos idosos. Tem poucos profissionais especificamente dedicados a cuidar de pessoas com 65 ou mais anos e uma das despesas públicas nesta área das mais reduzidas do mundo, conclui a Organização Internacional do Trabalho (OIT) num estudo divulgado esta segunda-feira. São os cuidadores informais, quase sempre familiares dos idosos e habitualmente mulheres, que asseguram este tipo de protecção, sem serem pagos por isso. Os dados relativos a Portugal indicam que, na Europa, é dos países com percentagens mais reduzidas de trabalhadores formais por cada 100 idosos (apenas 0,4), enquanto a Espanha tem 2,9 e a Noruega 17,1. Uma realidade que deixa 90,4% dos idosos do país sem acesso a cuidados de longo prazo com qualidade por falta de profissionais nesta área, quando na Europa a média é inferior a um terço (30%). A seguir a Portugal, surgem a França e a Eslováquia, onde 73,5% dos idosos não têm cuidados de longo prazo de qualidade, seguindo-se a Irlanda (56,6), a República Checa (49,4) e a Alemanha (22,9). Do lado contrário estão o Luxemburgo, a Noruega, a Suécia e a Suíça, onde a taxa de cobertura é de 100, de acordo com a OIT. Calculando o valor em euros que cada pessoa gasta com os idosos do seu país, as diferenças são ainda mais impressionantes: em 2013, por exemplo, cada norueguês contribuía com cerca de 8400 dólares (7533 euros) para cuidados de longo prazo com qualidade para a população com 65 ou mais anos, enquanto cada português gastava apenas 136 dólares (117 euros). “Encontramos em todas as regiões [do...