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Manual de educação financeira chega às escolas este ano lectivo

Manual de educação financeira chega às escolas este ano lectivo

O plano nacional de formação financeira vai dar mais um passo na promoção da literacia financeira para crianças, com o lançamento de um caderno escolar dirigido aos alunos do 1.º ciclo do ensino básico. O manual está pronto e vai chegar este ano lectivo a cerca de 50 escolas que vão fazer parte de um projecto-piloto para avaliar a aplicação do manual na sala de aula.

O caderno, promovido pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, pretende ajudar os alunos e professores nos vários contextos curriculares de aprendizagem – nas disciplinas, nas ofertas complementares ou nos projectos escolares. O livro vai ser apresentado na sexta-feira em Faro, no teatro municipal, nas comemorações do dia mundial da poupança, que se celebra no dia seguinte, sábado.

O manual foi pensado para os alunos do terceiro e quarto anos, juntando material didáctico sobre o planeamento do orçamento, as despesas e rendimentos, a poupança, os riscos e as incertezas no plano financeiros, e os meios de pagamento.

Os temas seguem o Referencial de Educação Financeira, um documento orientador elaborado pelo Ministério da Educação e Ciência em parceria com o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, do qual fazem parte o Banco de Portugal (BdP), a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Se até aqui este documento já poderia ser usado como referência pelos professores interessados em leccionar estas matérias, o que agora acontece em relação ao 1.º ciclo é que passa a haver um material educativo específico – e trabalhado directamente pelos três supervisores financeiros – para apoiar o dia-a-dia nas escolas, evitando que os professores precisem de recorrer a materiais dispersos (por exemplo, informação produzida directamente por empresas do sector financeiro).

A ideia do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros é que, mais tarde e de forma faseada, sejam também desenvolvidos materiais didácticos para os ciclos seguintes do ensino básico e  secundário. A iniciativa faz parte do plano nacional de formação financeira, que está no terreno desde Maio de 2011 e é coordenado pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.

À Direcção-Geral da Educação cabe seleccionar as escolas que vão receber este projecto-piloto, que deverá contar com uma avaliação externa sobre a alteração de comportamentos de alunos e famílias, a partir do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL).

A edição do livro que vai ser lançado na sexta-feira coube à Direcção-Geral da Educação, à comissão de coordenação do Plano Nacional de Formação Financeira, à Associação Portuguesa de Bancos, à Associação Portuguesa de Seguradores, à Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património e à Associação de Instituições de Crédito Especializado.

A par da formação de professores, o Ministério da Educação e Ciência já introduziu a educação financeira nas áreas facultativas de enriquecimento curricular, mas a criação de materiais pedagógicos adequados era uma das ambições do Conselho Nacional de Supervisores.

Uma experiência conhecida em muitas escolas da área metropolitana do Porto é o da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (FACM), que tem trabalhado com o plano nacional de formação financeira e já vai na sexta-edição projecto “No Poupar é que está o Ganho”, que já abrange cerca de 140 escolas nos concelhos da área metropolitana do Porto. (PÚBLICO, 2015)

 

 

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